Uma frase qualquer em um muro, um estranho que te aborda na rua dizendo coisas sem sentido, pessoas que conhecemos ao longo do caminho, um sonho ou coisas aleatórias que vem em sua mente. Já parou pra pensar que tudo isso, em algum momento da sua vida vai fazer algum sentido? Se já fez, você me entenderá se ainda não, vai passar a fazer.
Desde que nascemos, ao decorrer da nossa vida, certos mistérios vão surgindo, passamos a ter duvidas sobre algo que não sabemos ao certo o que é, questionamos coisas que não são ensinadas na escola e passamos a dar atenção a muita coisa que foge de certos padrões e costumes.
Todos nascemos com uma curiosidade natural, desde criança até os últimos anos de nossa vida carnal na terra, porém, o ser humano tem o curioso defeito de se distrair facilmente, de ser iludido facilmente com falsas promessas, sentimentos e ideais de uma vida sinteticamente perfeita, uma vida com poucos riscos, um caminho mais fácil e um ilusório padrão de felicidade. Sendo assim, ao invés de notar os sinais, não, nós abdicamos da atenção, vemos a porta de uma sala escura se abrindo, mas acabamos por entrar na sala onde existe iluminação. É natural, o ser humano foi dotado de medo como uma forma de se proteger, e de evitar riscos.
Acordamos, escovamos os dentes, tomamos banho, comemos e saímos rumo a nossa rotina diária. Como de costume, fazemos o mesmo percurso. Ao nosso redor, pessoas e mais pessoas fazem a mesma coisa. O mais interessante acaba sendo a insatisfação de muitos em estar mais um dia, fazendo a mesma coisa sendo movidos apenas pela necessidade e obrigação de fazer, não por desejo ou vontade de estar fazendo. Sabemos das nossas necessidades e sabemos que é preciso fazer algo simplesmente pelo fato de que se não o fizermos passaremos por alguma dificuldade, porém, pare pra pensar que em algum momento da vida, nós tivemos a opção de seguir ou não esse caminho. Em algum momento, algo nos levou a muitas escolhas, estava ali, na nossa frente, bastava mudar a direção, por alguns instantes, tivemos o controle do nosso destino. Mas não, alguns preferiram não arriscar. Muitos motivos, muitos receios, a falta de explicações e detalhes levaram aquelas pessoas a viverem uma vida pouco satisfatória. Mas todas elas sabem que estão vivendo assim pois assim escolheram, por mais que incansavelmente tentem por encontrar um culpado, ou tentem veemente anular a sua parcela de culpa inventando rios de argumentos, eles sabem o que os levou até ali. Não foi a classe social a que pertence, não foi o poder politico e não foi uma fantasiosa falta de oportunidade na vida, não. Foram as suas próprias escolhas, foi o medo de mudar, de seguir pelos bosques do desconhecido, foi o medo de olhar a sua frente e não ver nada que não fosse uma vasta névoa sob um caminho ainda não desbravado. Muitas portas se abriram, mas poucos decidiram entrar e no final só resta procurar culpados,viver em meio a frustrações , arrependimentos e negar incansavelmente que só vive uma vida infeliz quem escolhe um caminho que quem te guia acaba sendo todo mundo, menos você.
Portanto, entenda que ao sair rumo a sua rotina, ao invés de sempre olhar pra direita, tente ao menos uma vez olhar pra esquerda pois a paisagem já não será a mesma.
